quarta-feira, 7 de junho de 2017

Conflitos de Pessoas e a Gestão de Projetos

No post de hoje, vamos falar um pouco sobre a gestão de conflitos em equipes de projetos. Os conflitos podem ser definidos como o choque entre pessoas, grupos ou ideias. Eles são provenientes do relacionamento entre pessoas e considerados uma ocorrência natural, inclusive em equipes de projetos, pois são inevitáveis. E, ao contrário do que você possa estar pensando, eles nem sempre são prejudiciais. Na verdade, se bem administrados, podem ser benéficos, contribuindo para que as pessoas passem a considerar novas alternativas que não haviam pensado antes, desenvolverem melhores soluções para os problemas e aprender.

Os conflitos são classificados em três tipos: intrapessoal, interpessoal e intergrupal. O conflito intrapessoal ocorre no interior de um indivíduo, e pode ser causado por uma carga de trabalho muito elevada ou extremamente baixa para a capacidade que ele possui, ou ainda por divergências entre o papel que é esperado dele pelos outros, o papel que ele entende que deveria exercer, e o papel que lhe é exigido. Outras fontes de conflito interno são a falta de clareza na definição de funções e a incerteza em relação às expectativas dos superiores.

O segundo tipo de conflito, chamado interpessoal, ocorre entre duas ou mais pessoas, e pode se dar entre pares, com os superiores ou com subordinados. Esse tipo de conflito pode ser ocasionado tanto por questões técnicas / profissionais relacionadas ao projeto, como também por questões de relacionamento pessoal, sendo que essas diferenças pessoais são mais difíceis de serem administradas.

E por último, o conflito intergrupal é aquele que ocorre entre grupos, podendo se dar entre grupos informais dentro de uma mesma equipe, entre equipes de diferentes projetos, ou entre o projeto e outros departamentos da empresa.

As principais fontes de ocorrência de conflitos em gestão de projetos geralmente são problemas com planejamento, má organização do projeto e deficiências de comunicação. E outras fontes incluem ainda divergências quanto ao escopo, atribuições de recursos, custo, opiniões técnicas, procedimentos administrativos e diferenças pessoais.

Como já dissemos no início do post, os conflitos possam ser benéficos, se bem gerenciados. Nesse sentido, dois autores, Blake e Mouton, identificaram cinco formas de se administrar conflitos: confrontação, comprometimento, acomodação, prevalência e retirada.

A confrontação consiste em ambas as partes resolverem suas diferenças procurando alternativas e escolhendo a melhor delas. Nesse caso, ambos saem ganhando.

No comprometimento, as duas partes fazem concessões para chegar a uma solução que proporcione algum grau de satisfação para ambas. Nessa forma de resolução, nenhuma das partes sai plenamente satisfeita, e então diz-se que as duas partes perdem e também ganham.

A acomodação ignora as áreas em que há diferenças, e foca apenas nos pontos onde há acordo, não solucionando, portando, a causa que deu origem ao conflito. Nesse caso, há perda nos dois lados.

Na prevalência, prevalece o ponto de vista de uns em detrimento de outros, o que pode resultar em ressentimentos e deterioração do clima da equipe. Trata-se de um caso em que apenas um ganha, e o outro perde.

A retirada ocorre quando o gerente de projeto se omite e não age para resolver os desacordos. Essa alternativa pode ser usada como um recurso temporário, para que posteriormente o gerente aja sobre o foco do conflito, mas caso as questões envolvidas sejam importantes para as partes, essa evitação pode intensificar o atrito.

Embora os conflitos não devam ser reprimidos dentro da equipe de projeto, alguns deles acabam sendo improdutivos, e nesse caso, deixamos aqui algumas medidas preventivas que podem ser bem úteis para se evitar atritos desnecessários: envolver a equipe desde o início do planejamento; descrever claramente os papéis e as responsabilidades de cada membro; promover uma comunicação eficiente; cultivar um clima de franqueza e confiança; estimular um ambiente participativo e promover a integração da equipe.

Bom, por hoje, é só... E para mais dicas sobre projetos, fique ligado nos próximos posts.

MATRICIAL BUDGET IS THE BEST OPTION FOR YOUR PROJECT? WHAT IT IS, BENEFITS AND HOW TO USE




MATRICIAL BUDGET IS THE BEST OPTION FOR YOUR PROJECT? WHAT IT IS, BENEFITS AND HOW TO USE
WHAT IS?

The matrix budget or matrix analysis is an instrument of strategic business planning, which aims to guarantee the goals set by management at the operational level.

This methodology is used in the preparation, monitoring and control of the budget based on the PDCA. It is applied in the steps of planning, acquiring activities and monitoring the budget matrix.

Its goal is to reduce costs by means of a detailed analysis of the current situation, identification and implementation of best practices.

This type of budget has been gaining more and more adepts, mainly due to the ease in the elaboration and the crossed and objective vision provided by the analysis.

HOW TO USE?

The method has this name exactly because it is derived from an array, where we have the axes:

Packages: In this axis we will have the groups of revenues, expenses, costs or investments of the company;

Entities: Entities already represent the subdivisions of the company (physical or virtual) such as business units, cost centers or departments.


                                                         Figure 1: Unit Matrix x Expense Packets



Source: Treasy - Planning and Controlling



The most common is to use matrix analysis for budget and expense control, but its concepts fit perfectly the other areas of planning and budget, such as revenues, costs, investments, for example.


BENEFITS
Detailed examination of expenses: expenses are grouped (packages), detailing the data, homogeneous groups.
Specific reduction goals for each management: each department has reduction goals according to its need. It offers challenges that are compatible with the earning potential of each area.
Focus on specific points: some expenses by their own nature and dimension of value already have a specific control within the companies.
It presents effective systemic vision of monitoring and control of expenses.
Can be used in organization of any size or profile.
Improved data quality.
Implementation of changes and improvements in the resource management process, through cross-control of expenses and revenues.








segunda-feira, 5 de junho de 2017

PMBOK vs PRINCE2 vs Agile: qual deles é o melhor?


PMBOK, PRINCE2 e Agile são metodologias para gestão de projetos, utilizados em setores da indústria para planejar, gerenciar e executar projetos com sucesso. Cada um deles fornece diferentes conjuntos de ferramentas e técnicas de gerenciamento, procurando sempre reduzir os principais riscos de projetos: entregas insatisfatórias, gastos excessivos e atrasos no cronograma. Todos possuem os mesmos objetivos gerais, mas utilizam meios diferentes para chegar lá. Então, qual deles é o melhor?

O guia PBMOK (Project Management Body of Knowledge) foi criado em 1996 pelo Project Management Institute (PMI). O PMBOK apresenta informações gerais sobre todos os aspectos da gestão de projetos, descrevendo práticas essenciais e uma gama mais ampla de técnicas que podem ser aplicadas para gerenciar um projeto. Não é uma metodologia propriamente dita, mas sim um conjunto de boas práticas que dizem o que você “pode” fazer, e não o que “deve” fazer. As ferramentas estão a disposição do gerente de projeto, que decide quais serão utilizadas ou não.

PRINCE2 (PRojects IN a Controlled Environment) foi desenvolvido em 1996 por uma agência do governo do Reino Unido e hoje é o padrão de gestão para projetos públicos por lá. O PRINCE2 possui uma abordagem mais prática, e é mesmo uma metodologia, definindo quem, quando e como será realizado o projeto. Define os papeis de cada pessoa envolvida com o projeto.

Os princípios básicos de Agile foram definidos em 2001, com o Manifesto para Desenvolvimento Ágil de Software. É um grupo de metodologias baseado em desenvolvimento iterativo: suas práticas são realizadas em pequenas iterações, com as de maior risco e importância primeiro. O tempo de planejamento do processo geral é o menor possível, e foca em equipes organizadas com funções variadas. Os processos Agile permitem às organizações melhor adaptação a mudanças em necessidades.

Após analisar as características das três metodologias, é possível responder a pergunta do título, correto? Na verdade, não! As três metodologias oferecem métodos diferentes e válidos para lidar com a administração e gerenciamento de projetos. PMBOK e PRINCE2 se complementam, com o PBMOK fornecendo a base de conhecimento para o gerente de projetos e o PRINCE2 mostra como aplicar esse conhecimento de maneira estruturada. Ambos envolvem um alto grau de planejamento do futuro em detalhes para evitar riscos conhecidos, enquanto o Agile possui metodologias mais flexíveis. Portanto, ele é mais adequado para aplicações onde todas as necessidades não são conhecidas com antecedência, como em projetos de TI. No fim das contas, a melhor prática é combinar todas as metodologias, de acordo com a sua aplicação.

SCOPE CREEP - Por: Bárbara Silva